A Prefeitura de Campinas anunciou que todas as 45 escolas municipais de Ensino Fundamental terão salas de aula climatizadas até o início de 2026, após sucessivas ondas de calor e críticas sobre a falta de estrutura térmica nas unidades escolares. O projeto prevê a instalação de 960 aparelhos de ar-condicionado, com investimento total de R$ 26,6 milhões, incluindo a modernização da rede elétrica dos prédios.

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A decisão foi divulgada nesta terça-feira (3), em coletiva com o prefeito Dário Saadi e o secretário de Educação, José Tadeu Jorge. A iniciativa surge após verões consecutivos com temperaturas acima da média histórica, que acentuaram a pressão sobre o governo municipal. Em fevereiro, os termômetros chegaram a 34,5 graus, e em março, o pico foi de 34,1 graus, segundo registros do Cepagri da Unicamp.

A falta de climatização nas escolas virou alvo de críticas da oposição, que argumenta que as ondas de calor deixaram de ser exceção e exigem resposta estrutural.

Segundo a Secretaria de Educação, 19 mil alunos do 1º ao 9º ano serão diretamente beneficiados com a climatização. A licitação para contratação da empresa responsável pela compra e instalação dos equipamentos será aberta neste mês de junho. A previsão é que os primeiros aparelhos sejam instalados a partir de setembro, com a entrega final até fevereiro de 2026.

As obras de readequação elétrica nas escolas começam imediatamente, uma vez que muitos prédios são antigos e não ariam a carga dos novos aparelhos. "Temos muitas escolas em que os prédios são antigos, por isso é necessário modernizar a rede elétrica para ar os aparelhos de ar-condicionado", destacou o secretário José Tadeu Jorge.

Além dos equipamentos de ar-condicionado, a Prefeitura também está trocando as coberturas de 95 escolas por telhas termoacústicas, como parte de um plano para melhorar o isolamento térmico das unidades.