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GM quer abrir PDV na fábrica de São José e reduzir lesionados

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução
Linha de produção da GM em São José dos Campos
Linha de produção da GM em São José dos Campos

A montadora General Motors pretende abrir um novo PDV (Plano de Demissão Voluntária) na fábrica de São José dos Campos. A empresa também quer substituir a cláusula que garante estabilidade no emprego em caso de lesão por indenização individual.

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A proposta da empresa foi comunicada aos trabalhadores por meio de comunicado interno. A GM afirma no documento que não chegou a um acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos e que essa é a proposta final.

“No dia 30 de maio, tivemos mais uma rodada de negociação com o Sindicato para discutir as propostas da cláusula de transação mediante indenização e a possibilidade de abertura de um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para empregados com limitação laboral. Não foi possível chegar a um acordo, mas a empresa deixou a proposta final para que seja levada para votação dos empregados em assembleia”, diz a GM no informativo.

A montadora disse que o prazo para decidir sobre a situação é até essa terça-feira (3). Se ela não for aprovada, a empresa disse que ficará sem alternativas.

“Se a proposta for aprovada, daremos um o importante para diminuir os riscos da planta de São José dos Campos. Sem essa aprovação, ficamos em desvantagem em relação a outras fábricas. É importante ressaltar que a proposta atual da GM é final. Portanto, se não for aprovada, a empresa não terá alternativas, pois já atingiu seus limites possíveis.”

O Sindicato dos Metalúrgicos não se opõe a abrir um PDV na fábrica de São José, mas é contrário ao fim da estabilidade para lesionados. A proposta da GM será levada para votação dos trabalhadores. A data da assembleia seria definida em reunião nesta segunda-feira (2).

Indenização.

No geral, a GM pretende oferecer benefícios para quem aderir ao PDV, como pagamento de indenização de 40% do salário multiplicado pela quantidade de anos do funcionário para quem aceitar o acordo sobre a cláusula de estabilidade.

O PDV para esses trabalhadores sem lesão contratados até março de 2019 inclui como bonificação sete salários, um Onix Hatch 1.0 motor aspirado (ou R$ 85 mil em dinheiro) e 24 meses de convênio médico (ou R$ 48 mil).

Ainda na proposta, a GM afirma que para cada empregado sem lesão que aderir ao PDV, a empresa fará a efetivação de um empregado que hoje tenha um contratado de prazo determinado.

Segundo a GM, se a empresa atingir 520 adesões de trabalhadores sem lesões até 9 de junho de 2025, seria aberto um PDV para empregados horistas com limitação laboral (lesionados), além de serem renovados os contratos dos demais empregados contratados a prazo determinado por mais 1 ano.

Não há uma estimativa de quantas adesões ao PDV a GM tem expectativa de ter, caso o plano seja aprovado em assembleia.

No informativo, a GM alega que “a aprovação não é só sobre os valores oferecidos, mas sobre o futuro da planta em São José dos Campos” e que a proposta “ajuda a reduzir o risco do complexo, para manutenção de postos de trabalho a longo prazo e atrair novos projetos”.

Procurada pela reportagem, a GM ainda não se manifestou sobre o assunto. O espaço segue aberto.

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