
A terceira rodada da pesquisa Genial/Quaest de 2025, divulgada nesta quarta-feira (4), indica que 57% dos entrevistados desaprovam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto 40% afirmam aprovar a atual gestão. É o maior índice de desaprovação registrado desde o início do atual mandato.
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Os dados revelam variação mínima em relação à pesquisa anterior. A desaprovação subiu de 56% para 57%, enquanto a aprovação recuou de 41% para 40%.
Percepção econômica
A avaliação da economia apresentou mudança. A proporção de entrevistados que percebem piora nas condições econômicas caiu de 56% para 48%. A percepção sobre o aumento no preço dos alimentos também recuou, ando de 88% para 79%. Em relação aos combustíveis, a percepção de alta caiu de 70% para 54%.
Desempenho entre regiões
Entre as mulheres, 54% desaprovam o governo. Entre os que têm até o ensino fundamental, a desaprovação é de 47%. No grupo com renda de até dois salários mínimos, esse número é de 49%.
Pela primeira vez, entre os entrevistados que se identificam como católicos, a desaprovação (53%) superou a aprovação (45%).
No recorte regional, o Nordeste continua sendo a única região onde a aprovação supera a desaprovação, com 54%. No Sudeste, 64% desaprovam o governo, o maior índice regional registrado nesta rodada.
Avaliação geral e expectativas
A avaliação geral do governo em maio indica que 43% consideram a gestão negativa, 28% a classificam como regular e 26% como positiva. Além disso, 61% dos entrevistados afirmam que o país está seguindo na direção errada — aumento em relação aos 56% de março e 50% de janeiro.
Também cresceu a desaprovação entre os que não se identificam com nenhuma posição política específica: 61%, ante 59% em março.
Para 45% dos entrevistados, o governo está abaixo do esperado. Já 31% atribuem ao governo responsabilidade por desvios de recursos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), assunto que tem gerado repercussão recente.
Análise
Segundo análise do diretor da Quaest, Felipe Nunes, o impacto de notícias negativas contribui para o desempenho observado. Ele afirma que temas como o caso do INSS afetaram a imagem do governo e reduziram os efeitos de medidas econômicas recentes. Nunes também avalia que o governo ainda enfrenta dificuldades para corresponder às expectativas formadas durante a campanha eleitoral.