JUSTIÇA

'Maníaco da moto' é preso 11 anos após série de estupros no Ceará

Por Alexia Sousa | da Folhapress
| Tempo de leitura: 2 min
TV Verdes Mares/Reprodução
Maníaco da moto' é preso 11 anos após estupros em série em Fortaleza
Maníaco da moto' é preso 11 anos após estupros em série em Fortaleza

 Um homem de 44 anos foi preso na última sexta-feira (30) sob acusação de ter cometido uma série de estupros em Fortaleza, em 2014. A prisão, feita no bairro João 23, foi divulgada nesta terça-feira (4) pela Secretaria da Segurança Pública do Ceará.

O suspeito era procurado por crimes sexuais registrados há mais de uma década. Ao menos nove mulheres, entre 11 e 24 anos, foram estuprada por homem que rodava as ruas da cidade em uma moto vermelha. O caso ficou conhecido na capital cearense como o do "maníaco da moto".

A reportagem não conseguiu localizar a defesa.

Os crimes ocorreram entre 2014 e 2015, nos bairros Parangaba, Maraponga e Vila Peri. Parte dos ataques foi registrada por câmeras de segurança, o que ajudou a traçar o modus operandi do agressor.

Segundo a Polícia Civil do Ceará, o suspeito abordava as vítimas em uma motocicleta vermelha e usava uma faca e força física para abusar sexualmente delas. A investigação mostrou que o homem atacava principalmente mulheres que transitavam sozinhas em vias pouco movimentadas, e os estupros ocorriam em ruas isoladas ou em ambientes ermos.

O homem estava com um mandado de prisão por sentença condenatória em aberto. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, ele foi localizado após um trabalho de inteligência do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.

Após decisão do Judiciário, ele foi detido e encaminhado ao sistema prisional, onde cumprirá, inicialmente, pena de sete anos em regime fechado.

A prisão do novo suspeito encerra um capítulo controverso da busca da polícia pelo verdadeiro "maníaco da moto". Um homem então com 30 anos chegou a ser preso e condenado por engano pelos estupros em 2014.

O reconhecimento feito por uma menina de 11 anos, em um inquérito que nem a polícia apontou como conclusivo, levou a Justiça a condená-lo. Em 2019, após ar quase cinco anos preso, ele foi inocentado em novo julgamento. Até hoje, não há informações sobre qualquer tipo de reparação pública ou indenização.

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