
Cláudia Tavares Hoeckler foi presa preventivamente no último sábado (31), quase dois anos após confessar ter matado o marido sufocado com uma sacola e ocultado o corpo dele dentro de um freezer.
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O caso aconfeceu em Lacerdópolis, no Oeste de Santa Catarina. A ordem partiu do Superior Tribunal de Justiça (STJ), atendendo a recurso do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
O crime foi descoberto em 19 de novembro de 2022, quando o corpo de Valdemir Hoeckler, de 52 anos, foi encontrado na casa onde o casal vivia, após cinco dias de desaparecimento.
De acordo com a denúncia, Cláudia dopou o companheiro, amarrou seus membros e o asfixiou com uma sacola plástica. Após confessar o homicídio, ela foi presa, mas, em agosto de 2023, obteve liberdade mediante o uso de tornozeleira eletrônica.
A defesa da acusada sustenta que o crime foi motivado por anos de violência doméstica, incluindo agressões físicas, psicológicas e financeiras. No entanto, o MPSC recorreu ao STJ, argumentando que, ainda que existissem episódios de violência, a conduta de Cláudia foi desproporcional e justificava a prisão preventiva. A decisão judicial, tomada na sexta-feira (30), é ível de recurso.
Defesa contesta decisão
O advogado Eduardo Fernando Rebonatto, que representa Cláudia, informou que irá recorrer da decisão, buscando uma análise colegiada no STJ. A defesa criticou a medida, destacando que a cliente permaneceu em liberdade por quase dois anos, cumprindo todas as condições impostas pela Justiça, trabalhando e cuidando da filha.
Em nota, os advogados afirmam que Cláudia foi vítima de diversas formas de violência doméstica ao longo de mais de duas décadas e defendem que a prisão preventiva não pode ser utilizada como punição antecipada. O processo corre sob sigilo e ainda não há data definida para o julgamento pelo Tribunal do Júri. Cláudia responde por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. As qualificadoras apontadas são asfixia e utilização de meio que dificultou a defesa da vítima.