Querido leitor, hoje eu resolvi escrever a respeito de um tema , no qual, há tempos estou querendo escrever, porém, após alguns acontecimentos midiáticos que ocorreram nas últimas semanas, achei que seria o momento ideal.
Bem, vivemos na era tecnológica onde a possibilidade de fazer fama, de forma inteligente ou não, está disponível a qualquer pessoa que tenha um celular com uma câmera que não precisa ser tão boa, bastando apenas, filmar nitidamente.
Sendo assim, não é dificil encontrarmos no mundo tecnológico todo o tipo de pessoas: comediantes, os que se acham engraçados, os juízes da vida alheia, os especialistas, os que se acham especialistas, enfim, os influencers ou youtubers.
Dentre esses influencers, encontramos aqueles que possuem milhares de seguidores que os idolatram e os seguem como se fossem seus amigos íntimos. E esses influencers, em busca de likes e fama, se aproveitam dos seus seguidores que vibram ao vê-los andando, comendo, falando qualquer asneira, ostentando sua fama e riqueza para os seus pobres seguidores que, muitas vezes, mal tem o que comer.
Mas, isso pode piorar, pois, e quando esses influencers possuem mini maquininhas de dinheiro? Sim, estou falando dos seus filhos pequenos. Quando esses influencers possuem filhos, a situação fica ainda mais exagerada, pois, uma legião de seguidores começam a idolatrar essas crianças e isso se torna, praticamente, uma religião.
Sim, uma troca de fralda, uma palavrinha desrespeitosa, um pum e a internet vibra.
Mas, a questão que quero abordar aqui é: o que está acontecendo com a nossa sociedade? O que está acontecendo com as pessoas que pararam de viver as suas próprias vidas para viverem em prol desses influencers e youtubers?
Caro leitor, infelizmente, vivemos em uma sociedade dependente do outro, mesmo que o outro não saiba da sua existência. As pessoas demonstram amor, carinho, devoção a pessoas que estão a quilômetros de distância e que, muito provavelmente, nunca saberão da sua existência, nunca chegarão perto para conhecer. Mas, esse carinho, muitas vezes não é demonstrado para alguém que está perto: mãe, pai, irmãos, avós, família.
A nossa sociedade está adoecendo. A nossa sociedade está priorizando o supérfluo e ignorando o que é mais importante. A nossa sociedade está valorizando quem não os valoriza e ignorando aqueles que, realmente, fazem a diferença no mundo.
Pense nisso!
Micéia Lima Izidoro é professora ([email protected])