
O homem preso após confessar ter matado a facadas uma colega, em um complexo de bares e restaurantes, na avenida 9 de Julho, em Jundiaí, nesta segunda-feira (2), planejou o ataque há 20 dias, segundo seu depoimento à Polícia Civil. Ele também confessou que cometeu o crime simplesmente por não ter seu amor correspondido por ela, e também porque não podia mais vê-la todos os dias, após ser transferido de setor por seu ex-chefe. Ainda sobre o crime, ele alegou não se arrepender.
Nos planos, inclusive, também estava matar o ex-chefe, intenção que ele itiu a policiais militares, no ato de sua entrega, na sede da Cia do 11° Batalhão, no Centro. Para cumprir a 'sentença' de morte de ambos, nesta segunda-feira, ele levou um bolsa com três facas e pedras. O feminicídio foi cometido, com planejado, a sala do antigo chefe foi destruída, também como previsto, e bens pessoais dele também foram destruídos. De tudo o que orquestrou, ele só não atingiu o objetivo de matar o chefe.
ENTENDA
O suspeito, que é funcionário de empresa terceirizada - que presta serviço para o complexo de restaurantes -, contou que havia sido transferido de setor, há algum tempo, ando para a zeladoria, não sendo mais possível ver a vítima, a quem disse que amava. Revoltado com a atitude da istração, em mudá-lo de setor, e também com o fato de a moça não corresponder ao seus sentimentos, ele então decidiu matar os dois. A vítima era atendente em uma agência de viagens no mesmo local, e ele conhecia o dia a dia dela, com horários de entrada, saída, e de pausa para o almoço. Desta forma, 20 dias atrás, eles planejou os ataques, que foram desencadeados nesta segunda-feira.
A vítima havia acabado de almoçar e suas coisas, como bolsa e celular, ainda estavam sobre a mesa. Colocando o plano em ação, ele a surpreendeu pelas costas e desferiu mais de 20 facadas. uma colega de trabalho dela ouviu um grito, mas a princípio não percebeu que era algo grave. Alguns minutos depois uma faxineira se deparou com a mulher ferida e toda ensanguentada no c hão, e correu justamente até a amiga da vítima para pedir ajuda. Elas então telefonaram para a ambulância.
Enquanto a moça aguardava o socorro a vítima, provavelmente já morta, seu algoz prosseguiu com o plano, agora para quebrar a sala do chefe e também matá-lo. Ao chegar à sala, ele se trancou e ali permaneceu por cerca de cinco minutos. Como o alvo não foi encontrado, ele cumpriu a parte do plano do quebra-quebra; com as pedras que levou na bolsa, ele quebrou dois
televisores, sendo um de 42", da marca LG, e outro de 40" da marca Semp Toshiba, a vidraça da janela, um monitor de 24 " da marca AOC, uma echo show 8 e uma câmera Intelbrás vip 3230. Uma bicicleta com GPS, farol, lanterna, um ciclo computador, também foi destruída - nesta terça-feira foi feito um adendo ao BO do feminicídio, para constar também o BO de dano e invasão.
O crime, de acordo com o 7º DP, responsável pelo caso, está completamente elucidado, não havendo mais campo para investigação.
O homem preso foi indiciado por feminicídio qualificado e dano por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima.
O AMOR DA MINHA VIDA
Após matar a mulher e promover quebra-quebra na sala do chefe, ele foi até a sede da Cia do 11º Batalhão, na Praça dos Andradas, no Centro, para se entregar. Ele foi recebido por uma policial, que a princípio pensou que ele estivesse ando mal. Foi quando ele começou falar, dizendo que tinha matado o amor da vida dele, repetindo isso por três vezes. A policial então pediu que ele contasse o que havia acontecido, e ele contou onde trabalhava, e que após ser transferido de setor, não podia mais ver sua amada. Disse, também, que ela não correspondia ao seu amor, e então a matou em seu horário de almoço. Depois, foi até a sala do chefe, também para matá-lo, mas não o encontrou.
Após seu relato, outros policiais efetuaram busca pessoal e, na mochila, localizaram três facas, sendo uma dela suja com o sangue da vítima.
Ele então foi algemado e conduzido à Central de Flagrantes.