07 de junho de 2025
EM FRANCA

Pai e filho afirmam que foram agredidos por gerente de posto 2o3g1i

Por Giovanna Attili |da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Sampi/Franca
WhatsApp/GCN
Registro em vídeo realizado por Raul mostra o gerente do posto; o pai Lucélio apresenta hematoma na perna

Um homem de 30 anos afirma que foi agredido na manhã dessa terça-feira, 3, na loja de conveniência de um posto de combustível na avenida Hélio Palermo, em Franca. A agressão teria partido do gerente do posto, que não reagiu bem a uma filmagem que estava sendo registrada de um acidente ocorrido no local. 6m5f6b

Raul Gabriel Arcas diz que buscou abrigo da chuva que ocorria no período da manhã e entrou na loja de conveniência, onde pediu algo para beber, enquanto esperava a chuva ar.

Minutos após sua entrada, Raul presenciou um caminhão de combustível descer e atingir a cobertura da conveniência. Ao perceber o que havia acontecido, ele foi registrar o ocorrido para encaminhar ao seu marido. Porém, nessa filmagem, é possível ver o suposto gerente do local saindo do caminhão e indo tirar satisfação sobre o motivo de a gravação estar sendo feita.

Após interromper o vídeo, Raul teria recebido um chute em seu pé direito e sido peitado pelo gerente. Ele disse que optou por cancelar seu pedido, e saiu da conveniência, aguardando a agem da chuva do lado de fora. Porém, o gerente o avistou novamente e teria partido para cima dele, com palavras de baixo calão e desferindo socos e chutes até expulsá-lo totalmente do local.

“Desgraçado. Filho da puta. Sai daqui, some daqui. Vou quebrar seus dentes”, teria dito o gerente a Raul, conforme registra o boletim de ocorrência.

Segundo episódio de agressão  5e4i1

Outro boletim de ocorrência foi registrado horas depois sobre o mesmo gerente, no mesmo posto. O pai de Raul, Lucélio de Paula Arcas, de 51 anos, ao saber que o filho havia sido agredido, foi ao posto tirar satisfações com o suposto agressor, que, repetindo o feito anterior com o filho, também teria agredido o pai.

O homem teria levado dois chutes na canela, gerando lesão. A confusão foi separada por funcionários, e Lucélio informou que registraria a ocorrência, mas o gerente teria dito que não tem medo de ser processado, pois tem amigos na polícia. Além disso, teria ameaçado o homem, dizendo que colocaria multas no veículo da vítima.

Lei do silêncio  2b4af

Após as ocorrências registradas, foram realizadas tentativas de conseguir imagens de câmeras disponíveis no local. Segundo Raul, funcionários teriam sido ameaçados caso falassem sobre o caso ou contribuíssem com o fornecimento das imagens.

A Prefeitura de Franca foi acionada para a tentativa de aquisição das imagens e, por meio da Central de Monitoramento, informou que não há registro do caso.

Empresa diz que não compactua com agressão  4346

A reportagem do portal GCN/Sampi procurou o responsável pela rede de postos que, por meio de seu advogado, emitiu uma nota de esclarecimento informando que a situação está ando por apurações. "Ainda estamos apurando o ocorrido, ouvindo o colaborador envolvido e as testemunhas que presenciaram os fatos, assim como analisando as imagens. Até o momento, concluímos que houve um desentendimento entre esse colaborador e essa pessoa que estava na loja de conveniência, istrada por uma empresa terceira, e que o motivo da confusão teria sido em razão de desentendimentos anteriores entre eles".

A nota diz ainda que o funcionário sofreu agressão. "Apuramos também que o colaborador também foi agredido, registrou o boletim de ocorrência e será submetido ao exame de corpo de delito, porém, ainda não recebemos essa documentação. Por essa razão, não conseguimos concluir o que de fato houve, mas, independentemente da conclusão, o colaborador sofrerá penalidades educativas, pois o posto não compactua com qualquer tipo de agressão física ou verbal", finaliza.