
A Justiça de São Paulo condenou nesta quarta-feira, 4, Roberto Marques Trovão Lafaeff a 35 anos e 8 meses de prisão por diversos crimes relacionados à tentativa de assalto a um carro-forte ocorrida em setembro de 2024 na rodovia Cândido Portinari, entre Franca e Restinga.
A sentença foi proferida pela 2ª Vara Criminal de Franca. Lafaeff é considerado, pelas investigações, o chefe da quadrilha que praticava roubos a carros-fortes em todo o Brasil.
A sentença reconheceu a prática dos seguintes crimes:
- Adulteração de sinal identificador de veículo automotor;
- Associação criminosa;
- Ataque violento na rodovia;
- Falsidade ideológica;
- Receptação;
- Roubo;
- Uso de documento falso;
- O homem também respondia por incêndio, porém foi absolvido.
O crime aconteceu na noite de 9 de setembro de 2024, quando um grupo de aproximadamente 30 criminosos, fortemente armados, interceptou um carro-forte da empresa Protege, no km 384 da rodovia Cândido Portinari.
Utilizando um caminhão-tanque carregado com querosene para bloquear a via, os assaltantes iniciaram um intenso tiroteio com os vigilantes do veículo. Apesar de explodirem o carro-forte, os criminosos não conseguiram ar os cofres, e todo o dinheiro foi destruído.
Vai recorrer
A defesa de Lafaeff recorrerá da condenação e afirma que ele não cometeu crime algum.
Mortes e feridos
O ataque resultou em cinco pessoas feridas: três vigilantes do carro-forte, um policial militar e um trabalhador que ava pelo local. Um dos vigilantes sofreu múltiplos ferimentos por estilhaços; o trabalhador, identificado como Mário Eurípedes Santos, de 38 anos, foi atingido na perna e precisou de dois meses de internação, quase necessitando de amputação.
Mas, três dias depois, durante uma nova tentativa de roubo, um tiroteio resultou na morte de criminosos, de um policial militar e de um caminhoneiro.
A troca de tiros aconteceu na rodovia Joaquim Ferreira (SP-338), que liga Cajuru (SP) a Altinópolis (SP). Morreram o sargento da Polícia Militar Márcio Ribeiro, de 49 anos, e o caminhoneiro Lenilson da Silva Pereira, de 42 anos.
Junto com os mortos, os policiais encontraram um arsenal de armas usado no crime na Portinari, capacetes do exército, coletes à prova de balas e carros blindados.
Investigação e condenação
As investigações, conduzidas pela Polícia Civil, Deic, Polícia Federal e Ministério Público, culminaram na prisão de Roberto Lafaeff em 10 de setembro de 2024, um dia após o ataque. Ele procurava atendimento médico após ter se disparado acidentalmente no pé. Foi denunciado por crimes como roubo, falsidade ideológica e uso de documento falso.
Além de Lafaeff, outras nove pessoas foram indiciadas por envolvimento no crime, sendo enquadradas por organização criminosa armada, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
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