
Uma jovem de Franca, de 20 anos, alega que teve imagens íntimas expostas nas redes sociais por seu ex-companheiro, um homem de 34 anos, com quem manteve um relacionamento marcado por agressões e ameaças. A separação ocorreu em outubro de 2023, e desde então, segundo a mulher, o agressor tem intensificado os ataques, agora de forma virtual.
De acordo com o relato da denunciante, o homem criou um perfil falso no Instagram, por meio do qual ou a divulgar vídeos íntimos gravados com o consentimento da mulher durante o relacionamento. As imagens, segundo ela, foram compartilhadas inicialmente de forma privada com o então companheiro, mas agora estão sendo utilizadas publicamente como forma de retaliação.
A jovem acredita que a motivação para o crime está ligada ao atual relacionamento do ex-companheiro. Ela afirma que, após o término, ele iniciou um novo relacionamento amoroso e, diante de dificuldades conjugais, teria ado a acusá-la de interferir na nova relação. O agressor alega que a ex teria enviado mensagens de uma conta falsa no Instagram com o objetivo de sabotar o novo namoro — o que ela nega veementemente.
“Eu nunca tentei nenhum contato com ele desde que nos separamos. Tenho minha vida, minha família, meu companheiro atual. Quero apenas seguir em paz”, declarou.
A situação veio à tona quando a jovem começou a receber mensagens de desconhecidos, questionando se ela "fazia programa". Desconfiada, iniciou uma investigação por conta própria e descobriu o perfil anônimo, onde eram divulgadas suas imagens íntimas.
Segundo ela, o conteúdo chegou inclusive aos familiares de seu atual parceiro. Em uma das postagens, o responsável pela conta escreveu a frase: “Quem plantou vai colher”.
Essa não seria a primeira vez que o homem teria feito um perfil divulgando fotos íntimas da ex, mas na primeira vez ela não conseguiu reunir provas o suficiente para realizar a denúncia, pois confrontou o ex sobre a situação, dando a oportunidade dele apagar o perfil.
Agora, um boletim de ocorrência foi registrado e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil. O crime pode se enquadrar na chamada "pornografia de vingança", prática considerada crime no Brasil desde 2018, com penas que podem chegar a cinco anos de prisão, conforme previsto na Lei 13.718/2018.
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