OPINIÃO

Contra ou a favor?

Por Marjorie de Almeida Rocha | A autora é colaboradora de Opinião
| Tempo de leitura: 2 min

Na maioria das vezes, nos economizamos em nossas lutas, causas e bons debates. Preferimos a cômoda posição de ataque, ao invés de fortalecermos as táticas de defesa. Não apenas nos jogos de xadrez (não sei jogar) e no mundo jurídico, mas sabemos da necessidade de adotarmos estratégias para alcançarmos o objetivo almejado. Num mundo tão alfinetado por disputas, conflitos, embates gigantescos, algo em nós deve renascer para mostrar ideias, pensamentos, sentimentos e itirmos que devemos nos humanizar, pois o planeta está profundamente doente em todos os níveis, e ele representa "só a nossa casa".

Se não nos importarmos com as prioridades em nossas vidas, nos preocuparmos com quem ou com o quê? Se temos uma diminuta consciência que somos todos responsáveis por ações, omissões, palavras e silêncios, porque não nos aprimorarmos, não reconhecermos nossa essência de seres em trânsito, de pessoas que vivem juntas e precisam aprender a conviver de um modo equilibrado.

Posicionar-se, é fator relevante nos dias atuais. Não podemos mais assistir ivamente à destruição das relações humanas com discussões provocativas sem nenhum proveito. A comunicação, a informação verídica, a troca de ideias são os veículos de confirmação de quem somos, no que acreditamos e por quais causas lutamos. Somos seres completos em potencialidades. Temos condições, energia vital, inteligência, intelecto, sensibilidade, conhecimentos prontos para transformar a vida em algo de real valor e não apenas em moeda de troca financeira. Honrar nossa existência e de todos os que nos precederam, nos coloca obrigatoriamente numa postura de agradecimento pela oportunidade de estarmos aqui. Precisamos urgentemente conhecermo-nos e nos posicionarmos perante às situações urgentes e relevantes apresentadas bem diante de nós. Que a coragem do guerreiro acorde diariamente conosco, nos mobilizando a encontrar as batalhas dignas de serem travadas. Que deixemos de lado as superficialidades e foquemo-nos no que nos traz paz de espírito, em tudo aquilo que fala alto em nosso coração. Que possamos nos tornar os artífices de nossos sonhos mais puros, e protagonizarmos nossas histórias, com o sentimento de dever cumprido.

Acredito no poder da palavra, do verbo, do verso. As palavras consentem, determinam, definem, contornam, apaziguam e tocam a alma daqueles que como nós, desejam crescer e aprender com o diálogo. Possamos dizer sim ao que agrega valor genuíno, e construir diálogos profundos para solucionar conflitos e desentendimentos. Saibamos ser mediadores do bem que transmuta toda a dor em aprendizado, conectando-nos uns com os outros, de forma verdadeira e presente.

Vamos nos vestir de honestidade e tratar os assuntos que nos movem com verdade e transparência. Nunca precisamos ser contra absolutamente nada e nem a favor de algo ou alguém. O que certamente precisamos, é despertar a nossa consciência e nos tornarmos quem viemos ser!

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