
Policiais civis prenderam um padre em São Carlos investigado por estupro de vulnerável em Indaiatuba. A prisão temporária foi autorizada pela Justiça após o religioso, intimado, não se apresentar para esclarecimentos. Ele também é suspeito de violar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
- Clique aqui para fazer parte da comunidade da Sampi Campinas no WhatsApp e receber notícias em primeira mão.
A denúncia partiu do pai de um adolescente de 16 anos, que frequenta a Igreja Santa Teresinha, onde o padre atuava. Segundo o relato, o religioso convidou o jovem para jantar em um restaurante no bairro Cidade Nova I, com autorização da mãe. No local, o adolescente consumiu bebidas alcoólicas (drinks de vodka) com permissão do padre.
Após o jantar, o padre levou o jovem à sua residência, acima da igreja. Lá, ofereceu uísque ao adolescente, que ficou tonto e desorientado. O religioso insistiu em realizar uma massagem, que o jovem inicialmente recusou, mas acabou aceitando. Durante a massagem, o padre pediu que o adolescente removesse a roupa e, em seguida, o coagiu a praticar sexo oral e masturbação. Após os atos, o jovem foi levado para casa.
Denúncia e investigação
No dia seguinte, o adolescente contou à mãe sobre o ocorrido, após consulta com uma terapeuta. Ele também enviou uma mensagem ao padre, informando que revelaria o caso aos pais. O religioso respondeu ameaçando se jogar de uma ponte. O jovem, abalado, expressou à mãe pensamentos suicidas. A família o levou ao Hospital Augusto de Oliveira Camargo (HAOC) e registrou a ocorrência na Delegacia de Indaiatuba.
O adolescente está sob atendimento psicológico. A Polícia Civil segue apurando o caso, que pode resultar em penas de 8 a 15 anos de prisão, conforme o artigo 217-A do Código Penal e o ECA. O padre permanece detido, e a investigação analisa depoimentos e evidências para esclarecer os fatos.