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Deputadas de São Paulo recebem ameaça de estupro e morte

Por Guilherme Renan | da redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Deputadas estaduais divulgaram nota
Deputadas estaduais divulgaram nota

No último sábado, 31, todas as 24 deputadas estaduais da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) foram alvo de uma grave ameaça de estupro e assassinato enviada por e-mail. A mensagem, repleta de declarações misóginas, racistas e capacitistas, afirmava que o autor pretendia “estuprar, matar e queimar” as parlamentares.

O remetente, que se identificou como “masculinista” e afirmou ter menos de 30 anos, escreveu que estava “no esgoto da grande SP” e que só sairia para praticar os atos violentos.

A ameaça também continha ofensas racistas dirigidas a deputadas negras e ataques capacitistas contra parlamentares que defendem os direitos de pessoas com deficiência (PCDs).

Em nota oficial, as 24 deputadas repudiaram o crime e enfatizaram que a violência política contra mulheres tem se tornado cada vez mais frequente. “Parte das parlamentares da Alesp já tinha sofrido ameaças similares, mas é a primeira vez que um ataque é direcionado a todas as mulheres da Casa o maior parlamento estadual do país”, afirmaram no comunicado intitulado “não seremos silenciadas”.

A deputada Andréa Werner (PSB) destacou que o e-mail é um ataque direto à presença de mulheres e grupos historicamente vulneráveis no poder público. “Essa situação revela o quão urgente se faz a adoção de políticas públicas mais eficazes para enfrentar a violência digital e fora dela”, disse.

O presidente da Alesp, André do Prado (PL), afirmou que está ao lado das deputadas e anunciou que a Polícia Civil e a Polícia Militar foram acionadas para apurar o caso. A secretária da Mulher do governo paulista, Valéria Bolsonaro (PL), também se pronunciou e disse que a ameaça foi levada ao secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP).

A Secretaria de Segurança Pública informou que já fez diligências e apreendeu um computador e um celular na casa de um homem de 28 anos, suspeito de ser o autor. O caso foi registrado como ameaça, injúria racial e falsa identidade na Polícia Civil da Alesp.

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