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Transição energética e visão de futuro: os planos da SSOil Energy


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Enquanto o mundo ainda debate os caminhos para uma economia de baixo carbono, algumas empresas brasileiras já começam a estruturar seus próximos os para contribuir com essa transformação. A SSOil Energy, refinaria de petróleo instalada no município de Coroados (SP), projeta um investimento da ordem de R$ 200 milhões voltado à produção de diesel verde (HVO) e querosene sustentável de aviação (SAF), dois combustíveis limpos que têm potencial para redesenhar o futuro da mobilidade.

O projeto, que vem sendo desenhado em parceria com a Aurum Energia e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, prevê a possibilidade de alcançar mais de 50 milhões de litros anuais de produção de HVO e SAF, com impacto estimado na geração de até 150 empregos diretos e na ampliação da capacidade operacional da refinaria. A iniciativa, ainda em fase de desenvolvimento técnico e regulatório, reflete o desejo da SSOil de alinhar desempenho industrial com responsabilidade ambiental.

A aposta na produção de combustíveis como HVO e SAF vai muito além de uma resposta ao mercado: trata-se de um compromisso com a urgência climática. O HVO — óleo vegetal hidrotratado — é uma alternativa de substituição direta ao diesel mineral, com vantagens ambientais relevantes. Já o SAF representa um dos pilares mais promissores para a descarbonização do setor aéreo, considerado um dos mais desafiadores em termos de redução de emissões. Empresas que se estruturarem desde já para oferecer essas soluções poderão ocupar uma posição de destaque na nova economia de baixo carbono.

Mas para que planos assim avancem, é necessário enfrentar entraves históricos do setor energético brasileiro, em especial os relacionados à burocracia e à segurança jurídica. O anúncio do governo federal sobre a regulamentação do HVO a partir de 2027 e a definição de metas para o SAF são movimentos importantes, mas que ainda carecem de celeridade e clareza. O investimento privado — como o que está sendo estruturado pela SSOil Energy — só se realiza com regras claras, ambiente estável e previsibilidade regulatória.

O Brasil reúne todos os insumos necessários para liderar a transição energética global: sol, vento, biomassa, inovação tecnológica, universidades de ponta e uma agricultura de excelência. O que falta, muitas vezes, são mecanismos efetivos para transformar esse potencial em realidade. É nesse contexto que a SSOil avalia sua estratégia: investir em tecnologia de ponta, como dessalinizadoras industriais, buscar certificações internacionais, adotar modelos de gestão qualificada e preparar sua estrutura para atender à demanda crescente por soluções energéticas sustentáveis.

Além do planejamento de novos produtos, a empresa vem se preparando para obter as certificações ISO, que asseguram rigor técnico e compromisso com os melhores padrões internacionais. A ISO 9001 (qualidade) já foi conquistada. A ISO 14001 (gestão ambiental) e a ISO 45001 (saúde e segurança ocupacional) são as próximas certificações que a SSOIl almeja.

Mais do que pensar em produção, a SSOil está atenta ao papel que pode cumprir no desenvolvimento regional. Cidades como Coroados, Birigui, Araçatuba, entre outras, que já recebem os benefícios econômicos diretos da operação da refinaria, podem se consolidar como polos de energia limpa e inovação industrial, atraindo fornecedores, gerando empregos qualificados e colocando a região no mapa estratégico da sustentabilidade nacional.

A transição energética não é mais um ideal distante. Ela depende de visão empresarial, investimento estruturado, políticas públicas coerentes e articulação com a ciência e a tecnologia. A SSOil Energy está organizando seus planos para caminhar nessa direção. Não se trata apenas de abastecer veículos com combustíveis mais limpos — trata-se de contribuir para mover o Brasil em direção a um modelo de desenvolvimento mais justo, eficiente e preparado para o futuro.

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